Para quem tem a intenção de vir conhecer a cidade que orgulhosamente foi sede do terceiro evento nacional de geocaching, escrevemos este guia que te auxiliará no seu planejamento de passeios.
Hoje temos aqui algumas centenas de geocaches ativos te esperando, mas não queira achar todos de uma só vez não! Teremos o grande prazer de lhes receber quantas vezes forem necessárias, sempre com muitas novidades no mapa, afinal um dos apelidos de Curitiba é Cidade Sorriso.
Centro Histórico e arredores
Não tem como vir pra cá e deixar de dar uma passada pela região central.
No Largo da Ordem os bares e restaurantes são diversos e agitados principalmente pela noite, alguns são clássicos da cidade. Aos domingos pela manhã ocorre a famosa feirinha de artesanato, gastronomia e antiguidades. Ótimo local para adquirir seus SWAG’s (itens de troca no geocaching).
Locais bacanas para conhecer são o Memorial de Curitiba, o Relógio das Flores, o Paço da Liberdade, Praça Tiradentes (cheia de mendigos e muggles, mas relativamente segura), as Ruínas de São Francisco, e o Belvebere recentemente reformado. Aqui as igrejas e arquitetura colonial do século 18 predominam no cenário, rendendo boas fotos para você colocar em seus logs (registro sobre como você encontrou o geocache).
A Rua XV de Novembro, ou Rua das Flores, foi o primeiro calçadão exclusivo para pedestres implantado no Brasil. Ali você poderá conhecer a Praça Osório, a Boca Maldita, o Bondinho, o Palácio Avenida (onde ocorre a famosa apresentação natalina), a Praça Santos Andrade, entre outras atrações.
Outros locais que você pode conhecer no centro, entre tantos, são o Passeio Público, Mercado Municipal e até mesmo os shoppings para quem gosta.
Pelo centro tem Earthcaches, além de alguns poucos geocaches tradicionais, e um destaque especial é o Puzzle Room. Tem também vários Lab Caches que levarão os geocachers para conhecer algumas peculiaridades da cidade.
O museu mais famoso é o Oscar Niemeyer no Centro Cívico. É um ícone curitibano, incrível por fora e por dentro, sempre com instigantes exposições. Um outro espaço interessantíssimo é o Museu Paranaense, que narra parte da nossa história. Em cada um é necessário estar disposto a no mínimo duas horas de passeio antes de escrever seu TFTC (acrônimo de Thanks For The Find).
Parques
São de fato o maior atrativo de Curitiba. Existe a Linha Turismo que é muito legal e cruza pelos parques principais. Também é possível fazer esses passeios de Uber ou mesmo de ônibus, o sistema de transporte público é considerado moderno e eficiente, mas deve preferencialmente ser utilizado fora do horário do rush.
O Jardim Botânico é um dos mais visitados, onde é possível achar geocaches de 9 tipos diferentes. Ali você poderá ver a famosa cúpula de vidro da estufa, o Jardim das Sensações, o Museu Botânico e o Wherigo (outro tipo de geocache) mais bem elaborado do Brasil.
O Parque Barigui é o maior da cidade, muito bonito, cheio de natureza, gostoso de andar de bike e tem um monte de caches lá. A maioria deles tem imagens spoiler, alguns podem ter sumido, então se quiser traga containers reserva e fique à vontade para fazer a reposição.
O Parque Tanguá também é incrível, com vários geocaches e um pôr do sol muito legal. Aproveitando que está deste lado da cidade, relativamente próximo tem o Parque Tingui e o Memorial Ucraniano.
Do outro lado da cidade tem outros parques que destaco como o Bosque Alemão, São Lourenço, Pedreira Paulo Leminski, Ópera de Arame, e o Bosque do Papa. Cada um tem sua história, sua atratividade e claro, geocaches. Para quem gosta de andar de bicicleta tem o Power Trail (caminho com muitos geocaches) dos estados brasileiros, são dezenas de caches espalhados em uma ciclovia muito maneira que passa por alguns destes parques.
Um local que eu gosto muito é o Passaúna, ele é cheio de geocaches na beira da represa homônima onde é possível fazer um piquenique ou churrasco, pescar, remar de caiaque ou stand up paddle pra pegar um desafiante 5/5 (dificuldade máxima de um geocache), andar de bicicleta pela ciclovia e apreciar o pôr do sol mais incrível num mirante sobre as copas das árvores que também é um geocache virtual (esse tipo não possui container físico). Porém, é distante do centro, na divisa com Campo Largo e inviável se estiver apenas de passagem. Para quem estiver de carro tem um Power Trail que guia o geocacher até lá.
Outro local distante, porém bacana e geocachicamente atrativo, é o Jardim Zoológico, lá sua cachada será animal e produtiva. BYOP (acrônimo de Bring Your Own Pen)!
Gastronomia
Um bairro “italiano” famoso é a Santa Felicidade, clássico e cheio de restaurantes, mas ainda subaproveitado com pouquíssimos geocaches. Água Verde é um bairro ao lado do centro, também cheio de bons restaurantes, bares, e geocaches sempre ativos e portanto excelente para marcar um evento num casual happy hour.
Agora também está meio que na moda aqui os “espaços gastronômicos”, são vários e normalmente fora do eixo central, onde o pessoal enfatiza o conforto e a experiência. Servem variedades da culinária mundial ou mesmo petiscos típicos daqui como pão com bolinho, carne de onça e outras coisas simples e saborosas.
Região Metropolitana
As cidades vizinhas possuem também boa estrutura e cada vez mais têm investido em turismo, cada uma delas merece um roteiro mais detalhado.
A segunda colocada em quantidade de geocaches é a “Capital da Louça”, Campo Largo, que possui atrativos urbanos e também um interessante roteiro rural em meio às suas colônias italianas.
Piraquara é um destino famoso de ecoturismo, com paisagens variadas e inúmeros morros de diferentes dificuldades de acesso. Todos com geocaches nos seus cumes e vistas de tirar o fôlego do aventureiro.
Passeio de Trem
Algo especial é o inesquecível passeio de trem para a cidade de Morretes, seja em casal ou família. Já foi considerado um dos passeios de trem mais bonitos do mundo.
Ele sai da Rodoferroviária às 8h30, é crucial chegar bem antes para garantir seu bilhete e também para pegar os geocaches que tem por ali.
O trem vai serpenteando a Serra do Mar, passando por diversos túneis e pontes, numa estrada de ferro que foi um desafio de engenharia na época da sua construção.
Na histórica, pacata e bonita Morretes, é possível passear e apreciar a natureza, comer o típico Barreado e a volta pode ser de ônibus normal ou de van turística pela estrada da Graciosa. O ideal é antecipar o retorno na rodoviária mesmo, seja com a empresa de transporte rodoviário ou com os agentes turísticos que ficam por ali.
Se quiser estender um pouco sua viagem, vá conhecer e fazer um FTF (acrônimo de First To Find) na Ilha do Mel. O único problema é correr o risco de você querer ficar morando por lá.
Programação Cultural
Além de festivais e shows esporádicos, o calendário de atividades fixas de Curitiba é recheado de atrações.
Citando as principais, tem a Oficina de Música em janeiro. Em fevereiro tem o carnaval, que aqui não é um grande evento, mas que tem atividades paralelas que trazem público internacional, como o Psycho Carnival, O Zombie Walk e o Bloco Sacis e Garibaldis.
Em março, mês de aniversário da cidade, tem o Festival de Curitiba, maior festival de teatro da América Latina, a Feira de Páscoa e o festival da cerveja artesanal.
Em junho rola a feira de inverno e o Festival Internacional de Cinema de Curitiba. Em agosto tem as bienais internacional e de quadrinhos.
Em novembro, além da Parada LGBT e da Corrente Cultural com seus shows musicais, se inicia a programação natalina que vai até o final do ano.
Durante o anohá também muitas festas religiosas e étnicas.
Como chegar à Curitiba
O principal modo de chegar até a capital do Paraná é pelo Aeroporto Internacional Afonso Pena, que fica na cidade vizinha São José dos Pinhais. Dali até a capital são 18 km, mas o acesso é rápido e simples. Você pode ir de ônibus, Uber, Táxi ou mesmo alugar um carro pra ir pegando os geocaches no caminho.
Outro modo de chegar é pela rodoviária, com linhas regulares indo e vindo de todo canto desse nosso gigante país. Para quem vem de carro, as rodovias tem boa estrutura, e nelas há cobrança de pedágio.
Distâncias: São Paulo – 416 km / Florianópolis – 305 km / Litoral paranaense – 109 km / Foz do Iguaçu – 636 km.
Dicas para a sua viagem
Creio que o ideal seja se hospedar no centro ou arredores. As opções são inúmeras, para todos os gostos e bolsos. Curitiba é uma cidade grande que tem boa estrutura geral. Hospitais, farmácias, mercados, casas de câmbio e demais serviços. Não se preocupe com nada além dos seus finds.
O inverno aqui é frio, se vier nesta época traga blusas e aquele seu cachecol com a estampa do Signal (mascote do geocaching).
O texto é longo, mas ainda não falei tudo. Na dúvida deixe seu comentário ou simplesmente “siga os geocaches”.
Que guia legal, Danger! Vou para Curitiba esse ano, certeza que seguirei vossos passos!
TFTG (Thanks for the guide) heheheheh
Bah! E vamos marcar um evento pra tomar aquele mate!
Texto sensacional, velho danger!!! parabens!!!!
Opa! É nóis nesse nosso paranazão véio sem portêra guri!
Uauuu!! Super texto geoturístico!!! Já selecionei alguns pontos a ainda não visitei para irmos na próxima.
Muito legal com a visão do Geocacher regional.
Parabéns 👏🏽
Grata😍🌹
Valeu Rosa! O passeio de trem é massa né? Abração!
Gostamos de Curitiba já bem antes do Geocaching, mas depois que começamos a jogar incluímos a Cidade Sorriso em nossa agenda como prioridade. Já fomos cachar muitas vezes lá, graças principalmente ao nosso amigo Armando ( Danger ) que com sua grande criatividade povoou a região com caches muito legais que nos proporcionaram muitos bons momentos. A cidade é perfeita para praticar o Geocaching com suas praças, parques e outros locais muito bonitos e ficou muito melhor com a enorme quantidade de super caches! Parabéns meu amigo Danger e parabéns para os Geocachers do Paraná!
Valeu Carlos! Obrigadão!
Agora nossos planos são tentar aumentar o quantidade de jogadores por aqui.
Abração!