No dia 9 de Setembro de 2017, aconteceu no Parque Intervales, o APE Brasil, primeiro encontro nacional de Geocaching do Brasil. Com atrativos como 10 tipos de caches disponíveis em um só dia, uma geocoin especial e o reconhecimento do Geocaching HQ, o encontro foi um sucesso e tem tudo para virar um evento anual que contribuirá significativamente com o crescimento do Geocaching no Brasil.
Para trazer todos os detalhes sobre o evento para vocês, conversamos com Roger (rogercns), um dos organizadores.
Confira abaixo a entrevista.
Como surgiu a ideia e quem foram as pessoas por trás da idealização e organização do evento?
Toda a primeira quinta-feira do mês realizamos um encontro de Geocaching em algum bar de São Paulo. Em algum evento desses surgiu a ideia de fazer um grande encontro nacional. O Carlos (camoura) então acabou sugerindo a data do feriado prolongado de 7 setembro o que acabou tirando o encontro do mundo das ideias e colocando ele para ser executado. A partir daí quem trabalhou na criação e organização desse evento foi o Carlos (camoura), a Carla (ankhsenamon), Eu (rogercns), Toninho (Toninho), Tadeu (TadeuBR) e também o Luis (Laferre) e o Victor (VictorEmm).
Foi muito difícil organizar um evento desse porte?
Fizemos algumas reuniões no começo para criar o evento, afinal seriam 3 dias de feriado prolongado e portanto 3 dias de atividades. Com isso feito, acredito que o período de trabalho mais intenso foi a dureza de acertar os detalhes de hospedagem e alimentação no parque, porque isso é crítico lá. Os contatos do Carlos e da Carla no parque foram fundamentais nessa etapa. Depois disso conversávamos muito por Whatsapp gerando ideias e avaliando sugestões.
Fizemos questão de tratar esse evento como um Mega e não apenas um encontro. Queríamos que a experiência das pessoas que fossem ao encontro fosse inesquecível e isso dá um trabalho gigante, muito maior do que pensamos no início devido a quantidade absurda de detalhes.
Quais foram os principais atrativos desse evento?
Tivemos o encontro em si que aconteceu no sábado a noite. Antes disso, na quinta-feira e na sexta feira, tivemos dois encontros paralelos. Tivemos também um CITO sensacional que foi marcado pelo Júnior, que é um geocacher local, onde tivemos que reflorestar uma área com palmitos nativos da região. Além disso o próprio APE Cache, que já é um atrativo em si, e o Lab Cache que foi criado exclusivamente para esse encontro e que foi um grande sucesso, muito maior do que eu poderia prever quando criei o Lab.
Ainda tivemos outra atração paralela durante o evento. No dia 9 de setembro devido ao CITO, ao encontro e ao Lab Cache, foi possível – somente – nesse dia, encontrar 10 tipos diferentes de geocache em um mesmo dia. O pessoal embarcou totalmente nessa quebra de recorde, inclusive os alemães. Durante o evento ainda rolou um logbook muito especial, e também organizamos um churrasco com uma banda ao vivo tocando e botando todo mundo para dançar. Eu costumo chamar nosso evento de Mini Mega Encontro.
Conte um pouco sobre como vocês conseguiram o apoio do Geocaching HQ e como foi ter um Lab Cache no local do evento?
Em Fevereiro desse ano um grupo e trinta alemães veio ao Brasil para pegar o APE cache. Eles organizaram um evento na Intervales, o que é muito comum. Junto desse grupo de alemães tinha um pequenino grupo composto por revisores alemães e por uma lackey do HQ. Vimos aí a oportunidade perfeita para falar sobre o nosso encontro.
Eu, o Carlos, a Carla e o Tadeu fomos até esse encontro. Nesse dia explicamos o evento e a magnitude e importância dele para a Annie do HQ. Ela comprou a ideia na hora e nos proveu com um acesso direto ao HQ para tratar desse assunto. Com isso nós obtivemos uma licença para publicar o evento em Março, com uma antecedência apenas permitida para Mega e Giga eventos.
Sobre o Lab Cache, especificamente, foi uma ideia que a minha esposa teve. Ela disse: “Porque você não cria um Lab Cache?”. Eu expliquei para ela que esse era apenas para Mega e Giga eventos e que não poderia ser feito. Mas eu fiquei com aquilo na cabeça e escrevi um e-mail para a Annie explicando os benefícios de um Lab Cache para o nosso evento e solicitando essa licença especial.
Qual não foi a minha surpresa quando essa licença veio acompanhada de um texto claro dizendo que isso era uma coisa única, que jamais havia ocorrido e que não deveria ocorrer novamente, mas ainda assim foi sensacional a boa vontade do HQ com o Brasil.
Quantas pessoas compareceram e de que regiões do Brasil?
Tivemos a presença de mais de 60 participantes com pessoas de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, além de 18 alemães.
Como foi o feedback de quem participou? Aspectos positivos e negativos.
As pessoas realmente adoraram o evento, foi um momento único e inesquecível para o geocaching do Brasil. Ouvimos muitos elogios sendo que alguns foram proclamados durante o churrasco pelo microfone da banda. Ninguém reclamou de nada muito embora eu acredito que sempre existem pontos de melhoria.
Se eu puder reclamar de algo eu diria que o ponto fraco foi a hospedagem mas isso já era uma coisa sabida por todos motivo pelo qual ninguém reclamou, mas me incomodou o fato de algumas pessoas terem de ficar hospedadas fora do parque.
Talvez essa entrevista seja lida por pessoas do setor de turismo interessadas em Geocaching, então conte pra nós quais benefícios o Encontro Nacional trouxe para a região do evento?
A região do evento, o Parque Intervales, já é um ponto quente do Geocaching mundial, então isso não mudou muito. Para a região o impacto foi de cerca de 60 pessoas consumindo hospedagem e refeições no local.
Haverá outro evento ano que vem? Se sim, vocês planejam fazê-lo no mesmo lugar ou ter um lugar sede diferente?
Se não queríamos fazer outro evento desse agora não tem mais jeito. O sucesso foi tão grande que todo mundo nem pensa em não ter outro evento desse. Acho que viramos escravos do sucesso. Além do mais o Geocaching está crescendo no Brasil e semanalmente temos pedidos de entrada de pessoas no grupo do Facebook.
Estamos pensando em fazer em um local diferente, mas ainda não temos nada fechado.
Percebi que no grupo do Facebook houve um interesse muito grande pela geocoin do evento, conte um pouco sobre ela:
A geocoin foi uma daquelas coisas geradas da necessidade que nos impusemos de tratar o evento como um Mega. Eu criei um logotipo para o evento e esse logotipo simplificado foi o design que eu utilizei para criar a geocoin. Esse design foi aprovado pelo HQ e com isso eu consegui comprar os códigos, todos iniciados com BR de Brasil.
Eu procurei um fabricante nacional de moedas e achei um fornecedor excelente em Santa Catarina, a Tocoin. O processo a partir daí foi muito tranquilo. As coins foram cunhadas com altíssima qualidade e os códigos gravados à laser.
Para finalizar, fique à vontade para mencionar algo que você considere importante:
Quem faz um evento não é a organização e sim os participantes. Evento de uma pessoa só não é evento, é solidão. Esse evento foi sensacional não porque a organização foi boa, e sim porque as pessoas foram animadas e participaram de forma absolutamente animada. Tivemos até cachada noturna em grupo no meio da floresta.
Posso te dizer que relembrando tudo o que aconteceu enquanto eu escrevo suas respostas meus olhos mareiam de saudades. Sensacional e inesquecível são as duas únicas palavras que, mais ou menos, se aproximam de conseguir descrever o evento.
Geocacher a pouco mais de um ano, mas curtindo muito a experiência e participante do Primeiro Encontro Nacional de Geocaching do Brasil, tenho a dizer que o evento, que estendo para o período do feriadão de 07/9, foi sensacional: cachada no cinho.para o Intervales, Trilhas, cachadas de todos os tipos de caches coletiva e individual, diurna e noturna (que medo das histórias, que iam contando no caminho), cavernas, cachoeiras, desejum, almoços, jantares em grupo, curtir a rede, piscina natural e de pedras, integração entre membros, TBs e Geocoins aos montes e das mais variadas e finalizando a grande confraternizacao no Geochurras com a banda Vagantes, que botou quase tds a dançar, no Restaurante do Matheus que nos brindou com a comida típica da região, o rojão – delicioso, recomendo – durante o churras. Ufaaa!! Foi um Mega Hiper Blaster Super Geoevento!!
Que venha o GeoBrasil2018!!
Parabéns a todos que colaboraram na criação e execução do evento e que participaram com muita energia e e alegria!